Comunicação em crise: qual é a prioridade na hora de informar?

Comunicação em crise: qual é a prioridade na hora de informar?

Momentos de crise exigem comunicação rápida, objetiva e transparente. A primeira resposta precisa abordar o quê, quem, como, quando, onde e por quê do fato gerador. É essencial que a empresa seja clara sobre o que já se sabe, reconheça as respostas que ainda não têm e demonstre comprometimento tanto com a apuração dos fatos quanto com as providências que devem ser tomadas.

Mas surge uma questão essencial: com quem falar primeiro em uma crise corporativa? A resposta é direta: os colaboradores devem ser o primeiro público informado — sempre.

Uma empresa é feita de pessoas. Colaboradores têm interesse direto no que acontece, dependem do trabalho para seu sustento e sentem insegurança quando algo negativo ocorre. Por uma questão de respeito, precisam ser os primeiros a saber. Além disso, receber informação da empresa transmite confiança e reforça o vínculo de pertencimento.

Informar primeiro os colaboradores não é apenas uma questão humana, mas também estratégica. Eles são multiplicadores naturais da comunicação corporativa. Quando questionados por familiares, clientes, fornecedores ou comunidade sobre o que está acontecendo, se bem informados, poderão responder com segurança e alinhamento ao posicionamento oficial, ajudando a proteger a reputação da organização.

Por isso, é fundamental orientar que compartilhem apenas o que consta no comunicado oficial, lembrando as fontes oficiais são as únicas autorizadas a falar sobre o tema. Também é preciso alertar sobre os riscos de postagens em redes sociais. Mesmo que na intenção de defender a empresa, podem gerar interpretações negativas. Em contrapartida, o colaborador deve ser incentivado a compartilhar com a organização os comentários e percepções que ouve em seu convívio, funcionando como uma ouvidoria interna e ajudando a calibrar as próximas comunicações.

Tudo isso reforça o papel essencial dos colaboradores na gestão de crises e na proteção da reputação. Eles não são apenas receptores de informação, mas agentes ativos de confiança. Talvez valha até um pacto simbólico entre empresa e funcionário: “Você será sempre o primeiro a saber. Na alegria e na tristeza.”



Fonte ==> EconomiaSC

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