O caso de agressão física teria sido motivado por uma investigação que será feita contra o ex-presidente do legislativo
A vereadora Marcelli Mates (Podemos), presidente da Câmara de Vereadores de Anitápolis, na Grande Florianópolis, acusou o colega por agressão física. O vereador Salésio Effting (MDB) teria dado um tapa no braço da parlamentar.
O caso teria sido registrado na sexta-feira (1). O episódio teria sido causado após a vereadora anunciar que seria feita uma investigação relacionada a gestão anterior da Câmara, na qual Salésio era o presidente.
Segundo Marcelli, após anunciar o pedido de investigação, alertou os servidores que não protocolassem nenhum documento que fosse entregue por Salésio. Segundo a vereadora, o medebista foi até a Câmara e como não teve autorização para protocolar teria deixado as instalações.
Ao ser informada da presença do vereador, Marcelli teria ido até à Câmara. Pediu para que o parlamentar retornasse e ao chegar ela pediu para falar com ele a sós. A vereadora afirma que ao entrar numa sala de reuniões, Salésio teria dado um tapa no braço dela e ameaçado novos golpes. A agressão física teria sido testemunhada por uma assessora parlamentar.
Salésio nega a agressão física e dá outra versão
O vereador de 67 anos negou que tenha cometido agressão física contra a presidente do legislativo. Salésio diz que a vereadora teria lhe puxado pelo braço e empurrando ele para a sala de reuniões.
Salésio diz ainda que ela tentou retirar o celular do bolso dele e a única reação foi tentar evitar que ela pegasse o equipamento. O vereador também disse que chegou ficar com uma marca na perna pela força que fez para evitar que Marcelli pegasse o dispositivo.
Caso ganhou repercussão na Alesc
A deputada Paulinha (Podemos), que coordena a bancada da mulher na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), disse que acompanha o caso. A parlamentar esboçou preocupação com o caso e disse que vai levar o fato ao conhecimento das autoridades do estado.
Deputada Paulinha lamentou o episódio e disse que vai prestar apoio à vereadora – Foto: Divulgação/NDPaulinha também lamentou o episódio e afirmou que vai encaminhar uma equipe para dar apoio a vereadora, Segundo a deputada, o caso será registrado na Procuradoria da Alesc para que haja acompanhamento jurídico.
O Podemos de Santa Catarina, partido da vereadora, emitiu nota oficial na tarde desta segunda-feira (4). No documento, a sigla registra o fato de que a vereadora exercia a legítima função de fiscalização.
“Esse episódio lamentável é um claro exemplo de violência de gênero que ainda persiste em silenciar e intimidar mulheres que ocupam espaços de poder. Não aceitaremos que isso se normalize.”
Segundo Marcelli o caso da agressão física já foi registrado na polícia civil que deve apurar a denúncia. Sobre as possíveis irregularidades, a vereadoras mantém o pedido de investigação que será apresentado na sessão desta segunda-feira, na Câmara de Anitápolis.
Fonte ==> NDMais
