Organizadores afirmam que protestos ocorreram em 60 cidades pelo Brasil; sob medidas restritivas, Bolsonaro acompanhou à distância
Manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e com críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao governo federal marcaram este domingo (3) em pelo menos 60 cidades do país, segundo os organizadores. As maiores concentrações foram registradas em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, onde milhares de apoiadores vestiram verde e amarelo e pediram anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Apesar de ter sido o centro da pauta, Bolsonaro não compareceu a nenhum ato por estar proibido de sair de casa aos fins de semana e impedido de usar redes sociais, conforme decisão do ministro Moraes. Mesmo ausente, o ex-presidente acompanhou os protestos por videochamadas.
Manifestações em Avenida Paulista lotada
São Paulo registrou a maior das manifestações. Milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista desde o fim da manhã, embora o ato tenha começado oficialmente às 14h. Organizado pelo pastor Silas Malafaia, o evento contou com dois trios elétricos.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos mais ovacionados. Ele disse que o ministro Alexandre de Moraes deveria ser o verdadeiro alvo das medidas judiciais: “Quem tem que usar tornozeleira eletrônica é o Alexandre de Moraes”. Nikolas também anunciou que irá protocolar nesta semana o 30º pedido de impeachment contra o ministro e convocou nova manifestação para o dia 7 de setembro.
Outros políticos que discursaram foram Marco Feliciano (PL-SP), Coronel Mello Araújo (PL) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que agradeceu a presença de autoridades como o prefeito Ricardo Nunes, mas evitou citar diretamente Moraes.
Brasília: ato em frente ao Banco Central
Na capital federal, milhares de pessoas participaram do protesto. O grupo se reuniu no Eixão Sul, em frente ao prédio do Banco Central, a partir das 10h, local que costuma ficar fechado aos carros aos domingos, o que facilitou a concentração.
No trio elétrico, lideranças como os senadores Izalci Lucas (PL-DF) e Márcio Bittar (União-AC), além das deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Caroline de Toni (PL-SC), discursaram contra o STF e em defesa de Bolsonaro. Também participaram os deputados Mário Frias (PL-SP), Carla Dickson (PL-RN), Sebastião Coelho (candidato ao Senado pelo Novo), Thiago Manzoni (PL) e Daniel de Castro (PP).
Copacabana ocupada
No Rio de Janeiro, o ato começou por volta das 11h em Copacabana, zona sul da capital. A estação de metrô do Cantagalo ficou lotada de apoiadores a caminho do protesto, que contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente. Em entrevista ao portal Metrópoles, ele afirmou que os atos refletem a indignação com o que chamou de perseguição política.
“O que tem acontecido no Brasil é fruto de toda perseguição de Alexandre de Moraes, que, para a vergonha brasileira, é uma autoridade sancionada pela maior democracia do mundo”, disse Flávio. “Esse é o momento de resgatar nossa liberdade.”
Representações e ausência
Sem poder comparecer, Bolsonaro foi representado em diversas manifestações por familiares. Além do filho Flávio no Rio, Michelle Bolsonaro esteve presente no ato em Belém, e Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador do Rio, participou da manifestação em Santa Catarina.
Fonte ==> NDMais