Marca global: o branding além das fronteiras

Marca global: o branding além das fronteiras

Nos últimos anos, o branding deixou de ser apenas um exercício de identidade visual para se tornar uma estratégia cultural. Mais do que transmitir valores corporativos, uma marca global precisa dialogar com diferentes realidades sem perder sua essência. Esse equilíbrio entre autenticidade e adaptação é o grande desafio da internacionalização. Ao mesmo tempo é o que diferencia empresas que conquistam relevância duradoura daquelas que apenas expandem geograficamente.

Absorver referências locais e reinterpretá-las de forma coerente com o DNA da empresa é o ponto-chave do branding além das fronteiras. Grandes empresas já trilharam esse caminho. A Starbucks, por exemplo, mantém sua identidade global de experiência e comunidade, mas adapta cardápios para incluir sabores locais, como o cappuccino brigadeiro no Brasil ou o café com doce de leite na Argentina. Já o McDonald’s preserva sua proposta de fast-food global, mas traduz essa identidade em sabores regionais, oferecendo o McFalafel em Israel, o McSpicy Paneer na Índia e o McArabia no Oriente Médio.

No caso do Portobello Grupo, o desafio é traduzir a brasilidade sofisticada para um público global altamente qualificado sem abrir mão do design como fio condutor. É com esse olhar que o Grupo leva uma coleção pensada para todo o público da marca, composto por diferentes culturas e estilos de vida ao redor do mundo, na Cersaie 2025, em Bolonha, na Itália. A feira, a maior do setor de revestimentos cerâmicos, é uma oportunidade única de se conectar com um público internacional qualificado e de compartilhar uma coleção que conecta influências culturais diversas em um design atemporal, reforçando que o diferencial de uma marca está em criar identificação genuína sem abrir mão da sua identidade.

A construção de uma identidade internacional não significa apagar singularidades locais. Pelo contrário, exige sensibilidade para compreender cada contexto e, a partir dele, oferecer soluções, produtos e narrativas que se conectem de forma verdadeira. O branding global de maior impacto é aquele que não se limita a exportar um modelo único, mas sim que entende a diversidade como parte integrante de sua força. Nesse sentido, o equilíbrio entre consistência e flexibilidade torna-se essencial: consistência para preservar os elementos que formam a identidade da marca, e flexibilidade para reconhecer que valores universais só ganham vida quando encontram expressão em culturas específicas.

O branding além das fronteiras é, portanto, uma jornada de ampliação de origens. Ser global não é diluir raízes, mas projetá-las em escala internacional. É construir diálogos culturais, criar relevância em diferentes mercados e, acima de tudo, fazer com que pessoas ao redor do mundo se reconheçam em uma marca que, mesmo nascida em um território específico, consegue se sentir em casa em qualquer lugar.



Fonte ==> EconomiaSC

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