multinacional demite e desativa linhas

Multinacional do setor cerâmico, Dexco comunicou demissões para Criciúma e Urussanga

Sindicato do setor cerâmico prevê entre 120 a 150 demissões. – Foto: Google Maps

A Dexco, multinacional do setor cerâmico, comunicou a demissão de funcionários da Portinari, unidade de Criciúma, e da Ceusa, de Urussanga, ambas no Sul de Santa Catarina. A medida provocará a suspensão de duas linhas de produção que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e Região, pode provocar até 150 demissões.

Em nota, a Dexco afirma que as ações são provocadas pela “baixa demanda do mercado”. A medida também afetará o início da operação de uma nova linha na unidade de Botucatu, no interior de São Paulo.

“Como é natural neste tipo de situação, serão necessários ajustes na força de trabalho e, consequentemente, alguns desligamentos. Os colaboradores desligados contarão com um plano de apoio que inclui a concepção adicional de alguns benefícios (pagos a título de indenização, juntamente com as verbas rescisórias)”, promete a empresa.

A Dexco garante que a ação não terá impacto no recebimento de produtos e que as demais linhas de produção se mantêm operando normalmente.

Sindicato do setor cerâmico se diz surpreso com demissões

Sindicato do setor cerâmico tenta remanejar trabalhadores para outras empresas da região – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/NDSindicato do setor cerâmico tenta remanejar trabalhadores para outras empresas da região – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/ND

O anúncio da Dexco foi recebido com surpresa por Itaci de Sá, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e Região. Ele sustenta que aguardava lideranças da empresa para uma reunião na esperança de debater o acordo coletivo.

“Fomos surpreendidos que a empresa reduziria o quadro de funcionários, paralisando duas linhas de produção, uma em Criciúma e outra em Urussanga, que fica só uma. Criciúma, no passado, já teve oito, agora estava funcionando com quatro e a partir de amanhã fica três”, explicou em entrevista ao programa João Paulo Messer, da rádio Eldorado.

Na nota, a Dexco não quantificou o número de trabalhadores que serão demitidos. O líder sindical afirma que foi informado que serão cerca de 90 em Criciúma, na Portinari, e outros 30 em Urussanga, na Ceusa. “Geralmente tem sido mais. Acreditamos que de 120 pode ir até 150. Embora eles não tenham afirmado isso, pensamos assim. É uma pena, são postos de trabalho, são rendas, são pais de família que deixam de ganhar o seu pão”, lamenta.

O sindicato afirma que já possui tratativas para direcionar estes trabalhadores para outras indústrias ceramistas da região interessadas em absorver a mão de obra.



Fonte ==> NDMais

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